Monday, October 30, 2006

quarto de milha.



Não sabia o significado, não entendia os acontecimentos. Refletindo enquanto as luzes da cidade traçavam formas desconexas em sua mente, Miranda ligou os pontos e supunha culpados, itinerantes à fortuna.

Voltou a si quando Santiago tossiu, livrando-o de seu transe: - Cof, Cof. Então, o que foi aquilo? Quem eram aqueles caras? Ladrões? Se foram é bom saber, pois estava pensando mesmo em sair daquelas bandas. Ademais, meu lucro estava zero por ali. - Parou no farol vermelho ao lado de um Mercedes azul escuro.

Miranda observou o taxímetro e tirou a carteira do bolso afim de checar quanto ainda tinha em posse. Viu que a quantia era semelhante ao custo da viagem até aquele momento, então resolveu pedir para parar sem respondê-lo - mesmo sabendo que só tinha andado seis quadras do incidente.

- Perdoe-me, senhor. Mas pode encostar na próxima esquina? - Pediu educadamente enquanto calculava a mistura de notas rasgadas e moedas de baixo valor. Santiago sentiu a pouca vontade de sustentar o assunto por parte do passageiro e reduziu a velocidade até parar.

Entregou com um punhado o dinheiro, e evitou o olhar nos olhos do motorista, justamente como fazia com os garçons. - Tome. Acho que é isso. - Santiago viu o estado do sujeito e sentiu dó de sua condição. Parecia se vestir bem, mas as roupas estavam sujas e um pouco surradas. Imaginou Miranda como um perdedor nos jogos de cavalo. Sua família dependendo de seu miserável salário para comer, enquanto ele apostava no "Trovoada" ou no "Mister Arrey".

- Não acredito que você more por aqui. Não há nada mais do que este posto de gasolina e aquele bordel para caminhoneiros. Estamos na entrada da cidade, longe do local onde você disse que mora. Pode deixar que eu te levo. Aproveite que eu estou de bom humor.

Nada disse, colocou a cabeça no encosto do banco e se contorceu como uma criança com frio, com medo e sozinha. Santiago observou-o pelo retrovisor e sustentou ainda mais a sua opinião sobre o apostador de cavalos, embora soubesse que não havia hipódromos na cidade.

não acredito no consórcio Itaú


Prepare-se com as apostilas para concurso da Nova Concursos

5 Comments:

Blogger bruno coutinho said...

sim senhora. :)

Monday, 30 October, 2006  
Anonymous Anonymous said...

Esse tal de santiago é mutio gente fina, hehe...

;-)

continua o estilo estorvo, to adorando!!

:***

Monday, 30 October, 2006  
Anonymous Anonymous said...

"Imaginou Miranda como um perdedor nos jogos de cavalo. Sua família dependendo de seu miserável salário para comer, enquanto ele apostava no "Trovoada" ou no "Mister Arrey"."
O santiago é divertido, adorei.

Então quer dizer que os perseguidores não sabiam que o miranda já tinha acabado com a herança...hmnn, tenho várias perguntas.

cada vez mais envolvente,tá ótimo, bruno :)

Monday, 30 October, 2006  
Anonymous Anonymous said...

Bru! as fotos daqui são ótimas
dá uma ótima visão do que se passa na história.
O Miranda é tão educado não?! E esse Santiago é mt bom! ^^
ficou ótimo esse post!

beijinhos

Saturday, 04 November, 2006  
Blogger Deborah Christie said...

Epa!! acho que tirei conclusão errada da última leitura.
Santigo = taxi

Saturday, 17 November, 2007  

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