novamente.
Miranda teve um sonho conturbado. Acordou às duas e meia; às três e quarenta e às seis e dez, quando o sol rompia a proteção das cortinas e o galo do vizinho cantava como se fosse o maior tenor dentre todos os galináceos da região.
Foi ao banheiro, tomou um banho frio e demorado. Tinha acabado o shampoo. Fez a barba de uma vez e se observou no espelho – enquanto passava a navalha de forma cuidadosa. A juventude tinha ido embora e agora já se encontrava na casa dos quarenta: - Será que terei aquela crise tão falada? Duvidava muito. Nunca fora fã de academias, muito menos aos quarenta; não tinha dinheiro para comprar um carro usado, que dirá um conversível; e tinha um verdadeiro desgosto pelas danças modernas, isso deixava os planos para as saídas em boates, com letreiros em néon, como última alternativa de sua vida.
Saiu do banho cheirando a camomila, os cabelos encaracolados molhados precisando de um corte decente e a barba feita. Trancou a porta do banheiro por fora e foi até o quarto. Destrancou, trancou a porta e vestiu uma calça de linho preta; pôs uma camisa de seda branca, com listras laterais de um cinza claro; jogou um blazer preto mais novo e colocou o sapato preto de ontem.
Perdeu mais alguns minutos passando uma colônia francesa barata, destrancando e trancando portas e verificando se tudo estava em sua normal ordem e lugar. Pegou uma quantia considerável de dinheiro do gordo malote que guardava dentro do disjuntor de energia, atrás do armário do quarto.
Desceu as escadas e passou de relance - por um espelho na saída do prédio - e percebeu que os cabelos estavam despenteados e que as olheiras teriam aumentado bastante nas última duas semanas. - Péssimas noites...
Não se importava tanto, fazia anos que a vaidade tinha um limite sublime entre se vestir decentemente e cheirar adequadamente. Exageros viraram piadas.
Ia em direção à padaria pra tomar o seu café como costumava fazer. Pelo segundo dia consecutivo, resolveu mudar o itinerário e rumou para o ponto de ônibus. Teve a idéia de fazer o seu desjejum em outro lugar, no exato momento em que o motor 2.0 circulava alguns metros na descida da rua.
Foi ao banheiro, tomou um banho frio e demorado. Tinha acabado o shampoo. Fez a barba de uma vez e se observou no espelho – enquanto passava a navalha de forma cuidadosa. A juventude tinha ido embora e agora já se encontrava na casa dos quarenta: - Será que terei aquela crise tão falada? Duvidava muito. Nunca fora fã de academias, muito menos aos quarenta; não tinha dinheiro para comprar um carro usado, que dirá um conversível; e tinha um verdadeiro desgosto pelas danças modernas, isso deixava os planos para as saídas em boates, com letreiros em néon, como última alternativa de sua vida.
Saiu do banho cheirando a camomila, os cabelos encaracolados molhados precisando de um corte decente e a barba feita. Trancou a porta do banheiro por fora e foi até o quarto. Destrancou, trancou a porta e vestiu uma calça de linho preta; pôs uma camisa de seda branca, com listras laterais de um cinza claro; jogou um blazer preto mais novo e colocou o sapato preto de ontem.
Perdeu mais alguns minutos passando uma colônia francesa barata, destrancando e trancando portas e verificando se tudo estava em sua normal ordem e lugar. Pegou uma quantia considerável de dinheiro do gordo malote que guardava dentro do disjuntor de energia, atrás do armário do quarto.
Desceu as escadas e passou de relance - por um espelho na saída do prédio - e percebeu que os cabelos estavam despenteados e que as olheiras teriam aumentado bastante nas última duas semanas. - Péssimas noites...
Não se importava tanto, fazia anos que a vaidade tinha um limite sublime entre se vestir decentemente e cheirar adequadamente. Exageros viraram piadas.
Prepare-se com as apostilas para concurso da Nova Concursos
Ia em direção à padaria pra tomar o seu café como costumava fazer. Pelo segundo dia consecutivo, resolveu mudar o itinerário e rumou para o ponto de ônibus. Teve a idéia de fazer o seu desjejum em outro lugar, no exato momento em que o motor 2.0 circulava alguns metros na descida da rua.
3 Comments:
"a vaidade tinha um limite sublime entre se vestir decentemente e cheirar adequadamente" - muito bom, muito bom.
não imaginava o miranda com cabelos encaracolados. No entanto, o vestuário é bem o que eu tinha em mente.
:*
concordo com a Sol, o vestuário era bem oq eu imaginava. O Miranda tem muitas manias em, será q ele tem a mesma q a minha? ^^
beijos brubry
;-)
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